quarta-feira, 28 de outubro de 2009

José Antônio Dias Toffoli. Amigo do "Rei"

"Senhor, Vossa Majestade não sabe o que é essa política de corredores, esses arranjos de camarilha. Vossa Majestade quer que os melhores trabalhem nos seus conselhos, mas os medíocres é que se arranjam. O merecimento fica para o lado"
Quincas Borba, Machado de Assis.




BRASÍLIA - Há poucos dias, o ex-AGU e o mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, tomou posse como ministro da mais alta Corte de Justiça do país (Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009).

Sem ter nenhum curso de mestrado e menos ainda o canudo de doutorado, Dias Toffoli (como é chamado no Supremo) conseguiu sufragar à cadeira de ministro deixada pelo falecimento do ex-ministro Menezes Direito (falecido no dia 1° de setembro).

A especialização em Direito Eleitoral foi o suficiente para que o novo ministro "abrisse o Blue Label" e comemorasse a ascenção ao cargo em que muitos profissionais da área do Direito, no Estado brasileiro, cujos currículos chegam a mais de vinte laudas, com boa parte das suas conquistas abarcadas em universidades do exterior, não conseguirão lográ-lo.

Discute-se a politização do Supremo desde os tempos do Ministro Rezek, indicado pelo ex-presidente da República José Sarney, até a esta parte.

Sua provação e aprovação finais, pela bitola estreita do Senado, deu-se em lágrimas cunhadas de felicidade e conquista, às quais foram facilitadas pelo honroso título de ex-advogado do Partido dos Trabalhadores, acrônimo PT, símbolo este que carregara na lapela por pelo menos três das últimas campanhas eleitorais do presidente Lula.

Seu mais novo ofício, como muitos afirmam, deve-se ao governo atual que ali o colocara, menosprezando o jargão da meritocracia, da competência e do talento.

"Teófilo, o deputado de Machado, tinha razão. Não apenas ontem, como também hoje. No Império ou na República, virou praxe - salvo as honrosas exceções - o signatário da Nação cercar-se de tolos. Indivíduos cuja competência profissional é frágil ou inexistente". (trecho extraído do site O GLOBO, publicado no dia 23/05/2008, acessado em 3/11/2009).

É imposssível não declinar vistas para as próximas eleições que, caso seja eleita para o cargo de Presidente da República a atual chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (1947), esta ficará a mais não poder "blindada", do ponto de vista do Judiciário, ante a fortaleza de sete ministros pronta para defendê-la de algum eventual ataque oposicionista.


AlibiJus